Por um ano ou mais
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Benzinha ADOTADA! Final Feliz!
Essa é a Rafaela, a nova mãezinha da Benzinha. Ela é uma garotinha de 7 anos que adora bichinhos e se apaixonou pela Benzinha. A Rafa tem um irmãozinho menor que ela, e eles tem um cachorrinho. A Benzinha foi para um lar em que tenho certeza que ela terá muito amor, terá crianças com quem brincar e ainda terá um cachorrinho como companheiro. Desejo do fundo do meu coração que vocês sejam muito felizes, e que a Benzinha encha o lar de vocês só de alegria. E que vocês saibam retribuir a ela o amor que ela sabe dar.
Que Deus abençoe vocês!
Que Deus abençoe vocês!
terça-feira, 20 de julho de 2010
Constatação
Palavras nem sempre falam...
Abraços nem sempre tocam...
A Saudade é a única que não causa dúvida.
A Saudade aperta a alma.
Larissa - 09/04/09
Abraços nem sempre tocam...
A Saudade é a única que não causa dúvida.
A Saudade aperta a alma.
Larissa - 09/04/09
terça-feira, 13 de julho de 2010
Ode ao Gato
Pablo Neruda
Os animais foram imperfeitos,
compridos de rabo, tristes de cabeça.
Pouco a pouco se foram compondo,
fazendo-se paisagem,
adquirindo pintas, graça, vôo.
O gato,
só o gato
apareceu completo
e orgulhoso:
nasceu completamente terminado,
anda sozinho e sabe o que quer.
O homem quer ser peixe e pássaro,
a serpente quisera ter asas,
o cachorro é um leão desorientado,
o engenheiro quer ser poeta,
a mosca estuda para andorinha,
o poeta trata de imitar a mosca,
mas o gato
quer ser só gato
e todo gato é gato
do bigode ao rabo,
do pressentimento à ratazana viva,
da noite até os seus olhos de ouro.
Não há unidade como ele,
não tem a lua nem a flor
tal contextura:
é uma coisa só
como o sol ou o topázio,
e a elástica linha em seu contorno
firme e sutil é como
a linha da proa de uma nave.
Os seus olhos amarelos
deixaram uma só ranhura
para jogara as moedas da noite
Oh pequeno imperador sem orbe,
conquistador sem pátria
mínimo tigre de salão, nupcial
sultão do céu
das telhas eróticas,
o vento do amor
na intempérie
reclamas
quando passas
e pousas
quatro pés delicados
no solo,
cheirando,
desconfiando
de todo o terrestre,
porque tudo
é imundo
para o imaculado pé do gato.
Oh fera independente
da casa, arrogante
vestígio da noite,
preguiçoso, ginástico
e alheio,
profundíssimo gato,
polícia secreta
dos quartos,
insígnia
de um
desaparecido veludo,
certamente não há
enigma
na tua maneira,
talvez não sejas mistério,
todo o mundo sabe de ti e
pertence
ao habitante menos misterioso,
talvez todos acreditem,
todos se acreditem donos,
proprietários, tios
de gatos, companheiros,
colegas,
discípulos ou amigos
do seu gato.
Eu não.
Eu não subscrevo.
Eu não conheço o gato.
Tudo sei, a vida e seu arquipélago,
o mar e a cidade incalculável,
a botânica,
o gineceu com os seus extravios,
o pôr e o menos da matemática,
os funis vulcânicos do mundo,
a casaca irreal do crocodilo,
a bondade ignorada do bombeiro,
o atavismo azul do sacerdote,
mas não posso decifrar um gato.
Minha razão resvalou na sua indiferença,
os seus olhos tem números de ouro.
compridos de rabo, tristes de cabeça.
Pouco a pouco se foram compondo,
fazendo-se paisagem,
adquirindo pintas, graça, vôo.
O gato,
só o gato
apareceu completo
e orgulhoso:
nasceu completamente terminado,
anda sozinho e sabe o que quer.
O homem quer ser peixe e pássaro,
a serpente quisera ter asas,
o cachorro é um leão desorientado,
o engenheiro quer ser poeta,
a mosca estuda para andorinha,
o poeta trata de imitar a mosca,
mas o gato
quer ser só gato
e todo gato é gato
do bigode ao rabo,
do pressentimento à ratazana viva,
da noite até os seus olhos de ouro.
Não há unidade como ele,
não tem a lua nem a flor
tal contextura:
é uma coisa só
como o sol ou o topázio,
e a elástica linha em seu contorno
firme e sutil é como
a linha da proa de uma nave.
Os seus olhos amarelos
deixaram uma só ranhura
para jogara as moedas da noite
Oh pequeno imperador sem orbe,
conquistador sem pátria
mínimo tigre de salão, nupcial
sultão do céu
das telhas eróticas,
o vento do amor
na intempérie
reclamas
quando passas
e pousas
quatro pés delicados
no solo,
cheirando,
desconfiando
de todo o terrestre,
porque tudo
é imundo
para o imaculado pé do gato.
Oh fera independente
da casa, arrogante
vestígio da noite,
preguiçoso, ginástico
e alheio,
profundíssimo gato,
polícia secreta
dos quartos,
insígnia
de um
desaparecido veludo,
certamente não há
enigma
na tua maneira,
talvez não sejas mistério,
todo o mundo sabe de ti e
pertence
ao habitante menos misterioso,
talvez todos acreditem,
todos se acreditem donos,
proprietários, tios
de gatos, companheiros,
colegas,
discípulos ou amigos
do seu gato.
Eu não.
Eu não subscrevo.
Eu não conheço o gato.
Tudo sei, a vida e seu arquipélago,
o mar e a cidade incalculável,
a botânica,
o gineceu com os seus extravios,
o pôr e o menos da matemática,
os funis vulcânicos do mundo,
a casaca irreal do crocodilo,
a bondade ignorada do bombeiro,
o atavismo azul do sacerdote,
mas não posso decifrar um gato.
Minha razão resvalou na sua indiferença,
os seus olhos tem números de ouro.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Benzinha, a procura de uma família cheia de amor.
Benzinha
Essa menininha da foto é a Benzinha. Resgatei ela da rua no dia 10/06 por volta das 13h, na Vila Tibério, ela estava aflita, chorando muito e pedindo socorro, estava mancando com as patas traseiras. Quando a peguei no colo parou imediatamente de chorar, levei-a para a casa da minha mãe, ali pertinho e em seguida a levei na veterinária. Ela fraturou a bacia em dois lugares, mas já foi medicada e hoje já está ótima, correndo, brincando, pulando.
Eu acredito que ela devia ter dono, pois foi tosada não faz muito tempo e é extremamente dócil e amorosa, uma fofura de cachorrinha. A veterinária acredita que ela deve ter em torno de 4 anos.
Já divulguei a foto dela para os meus amigos protetores, e até o momento ninguém procurou por ela.
Exitem pessoas más e que abandonam animais como se fossem um objeto velho que não lhes servem mais. Se o antigo dono da Benzinho for um desses, que ele continue bem longe. Pois vou trabalhar bastante pra encontrar uma família que possa dar pra ela MUITO AMOR.
Caso alguém esteja querendo uma amiga fiel, companheira, amorosa, brincalhona, podem me procurar para uma entrevista.
Beijos, Lari.
Essa menininha da foto é a Benzinha. Resgatei ela da rua no dia 10/06 por volta das 13h, na Vila Tibério, ela estava aflita, chorando muito e pedindo socorro, estava mancando com as patas traseiras. Quando a peguei no colo parou imediatamente de chorar, levei-a para a casa da minha mãe, ali pertinho e em seguida a levei na veterinária. Ela fraturou a bacia em dois lugares, mas já foi medicada e hoje já está ótima, correndo, brincando, pulando.
Eu acredito que ela devia ter dono, pois foi tosada não faz muito tempo e é extremamente dócil e amorosa, uma fofura de cachorrinha. A veterinária acredita que ela deve ter em torno de 4 anos.
Já divulguei a foto dela para os meus amigos protetores, e até o momento ninguém procurou por ela.
Exitem pessoas más e que abandonam animais como se fossem um objeto velho que não lhes servem mais. Se o antigo dono da Benzinho for um desses, que ele continue bem longe. Pois vou trabalhar bastante pra encontrar uma família que possa dar pra ela MUITO AMOR.
Caso alguém esteja querendo uma amiga fiel, companheira, amorosa, brincalhona, podem me procurar para uma entrevista.
Beijos, Lari.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Oquidão
No branco, no vazio
flue o vento imaginário.
Dele nascem formas,
desenhos e canções.
É no vazio que a canção cria o tom,
no oco do espaço o som tintilante da alma
dança com as cores ultra celestiais dos sonhos.
A canção toma forma,
posso até abraçá-la...
Sua respiração ofegante
expira barro...
amasso...
vira homem,
vira mulher...
Art Nouveau na estante do meu quarto.
Você olha,
pensa que não entende,
diz que é bonito
e sai com cócegas na barriga.
... Viro a página,
outra folha em branco.
Lara Cosmo
flue o vento imaginário.
Dele nascem formas,
desenhos e canções.
É no vazio que a canção cria o tom,
no oco do espaço o som tintilante da alma
dança com as cores ultra celestiais dos sonhos.
A canção toma forma,
posso até abraçá-la...
Sua respiração ofegante
expira barro...
amasso...
vira homem,
vira mulher...
Art Nouveau na estante do meu quarto.
Você olha,
pensa que não entende,
diz que é bonito
e sai com cócegas na barriga.
... Viro a página,
outra folha em branco.
Lara Cosmo
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Os bichos vão para o céu?
Tenho um amigo que é pastor de uma comunidade protestante. Por favor, não confundir “protestante” com “evangélico”... Contou-me de uma velhinha solitária que tinha como seu único amigo um cãozinho. Ela o procurou aflita. Havia lido no livro de Apocalipse, capítulo 22, versículo 15, que não entrarão no céu “os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras...” Que os impuros, os assassinos, os idólatras não entrem no céu está muito certo. “Mas reverendo”, ela dizia, “o meu cãozinho... A Bíblia está dizendo que o meu cãozinho não vai entrar no céu... Mas eu amo o meu cãozinho. O meu cãozinho me ama... O que será de mim sem o meu cãozinho?” Aí eu pergunto aos senhores, teólogos, estudiosos dos mistérios divinos: há, no céu, um lugar para os cãezinhos? Sei qual será a sua resposta. “No céu não há lugar para cãezinhos porque cãezinhos não têm alma. Somente os humanos a têm”. Acho que, teologicamente, segundo a tradição, os senhores estão certos. Nas inúmeras telas que os artistas pintaram da bem-aventurança celestial, por mais que procurasse, nunca encontrei animal algum. Aves, às quais S. Francisco pregou ( por que pregar-lhes, se elas não têm alma?), peixes, símbolos de Jesus Cristo, vacas, jumentos e ovelhas, que adoraram o Menino Jesus no presépio, todos eles serão reduzidos a nada. Não ressuscitarão no último dia. O céu será um mundo de almas desencarnadas. Não haverá beijos e nem abraços. Falta às almas a materialidade necessária para beijos e abraços. Os senhores já observaram que no Credo Apostólico a “alma” não é sequer mencionada? Lá se fala em “ressurreição da carne”. É a carne que está destinada à eternidade. A carne é o mais alto desejo de Deus. Tanto assim que Ele se tornou carne, encarnou-se. A esperança é a volta ao Paraíso, onde havia bichos de todos os tipos. Se Deus os criou é porque Deus os desejava e deseja. Um céu vazio de animais é um céu de um Deus que fracassou. Ao final Ele não consegue trazer de novo à vida aquilo que criou no princípio. Não. Hereje que sou, direi à velhinha: “Fique tranqüila. O seu cãozinho estará eternamente ao seu lado... Não só o seu cãozinho como também gatos, girafas, macacos, peixes, tucanos, patos e gansos... Deus gosta de bichos. Se Ele gosta de bichos eles serão ressuscitados no último dia...
* Texto de Rubem Alves
http://www.rubemalves.com.br/quartodebadulaquesLXXVIII.htm
Notas da Lari: Essa imagem maravilhosa eu peguei na página do orkut de uma colega de Santos, mas infelizmente ela também não sabe quem é o autor. Se alguém souber, por favor me avisem. Bom, agora sobre o texto, é do queridíssimo Rubem Alves, o escritor da minha alma e do meu coração. Para quem não conhece, fica o convite, pois é maravilhoso. E tenho um carinho muito grande por esse texto, pois é um assunto que sempre surgiu na minha vida. Tive uma cachorrinha a Tina por 19 anos, e ela era minha amiga mais especial e amada, e com certeza parte da minha família. E sempre eu ouvia de pessoas que não entendem, coisas do tipo: "é só uma cachorra", "é pecado ficar amando assim um bicho, ela não tem alma!"
Bom, na minha visão de Deus, com certeza ele ama os bichinhos, e com certeza eles terão um lugar bem especial no reino dos céus.
Um beijo grande,
Lari.
* Texto de Rubem Alves
http://www.rubemalves.com.br/quartodebadulaquesLXXVIII.htm
Notas da Lari: Essa imagem maravilhosa eu peguei na página do orkut de uma colega de Santos, mas infelizmente ela também não sabe quem é o autor. Se alguém souber, por favor me avisem. Bom, agora sobre o texto, é do queridíssimo Rubem Alves, o escritor da minha alma e do meu coração. Para quem não conhece, fica o convite, pois é maravilhoso. E tenho um carinho muito grande por esse texto, pois é um assunto que sempre surgiu na minha vida. Tive uma cachorrinha a Tina por 19 anos, e ela era minha amiga mais especial e amada, e com certeza parte da minha família. E sempre eu ouvia de pessoas que não entendem, coisas do tipo: "é só uma cachorra", "é pecado ficar amando assim um bicho, ela não tem alma!"
Bom, na minha visão de Deus, com certeza ele ama os bichinhos, e com certeza eles terão um lugar bem especial no reino dos céus.
Um beijo grande,
Lari.
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